Ireuda Silva repudia caso de racismo contra ministra Vera Lúcia Santana de Araújo z4m4l
Da redação
A presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher e vice da Comissão de Reparação, vereadora Ireuda Silva (Republicanos), repudiou o episódio de racismo sofrido pela ministra substituta do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Vera Lúcia Santana de Araújo, impedida de ingressar no 25º Seminário Ética na Gestão, em Brasília, mesmo após apresentar sua identificação funcional. O caso foi denunciado publicamente pela presidente do TSE, ministra Cármen Lúcia, nesta terça-feira (20).
“É revoltante e inaceitável que uma ministra da mais alta Corte Eleitoral do país, baiana, mulher negra e com uma trajetória irável, seja alvo de racismo institucional em um evento que, ironicamente, tinha como tema o enfrentamento à discriminação. Isso não é apenas um desrespeito à ministra Vera Lúcia, mas uma agressão a todas nós, mulheres negras, que enfrentamos diariamente as marcas do preconceito”, afirmou Ireuda.
A vereadora destacou a gravidade simbólica do caso, especialmente por ocorrer em um espaço que deveria promover ética, inclusão e respeito. “O racismo estrutural insiste em negar a legitimidade de corpos negros em espaços de poder. Quando uma autoridade como Vera Lúcia é barrada, mesmo identificada, a mensagem que se transmite é que nossas credenciais não bastam — e isso é intolerável”, disse.
Ireuda também elogiou a postura da ministra Cármen Lúcia, que levou o caso à Comissão de Ética da Presidência da República. “É fundamental que atitudes como essa não em impunes. O silêncio diante do racismo é cumplicidade. A luta contra a discriminação exige ação firme e constante”, acrescentou.
