domingo, 8 de junho de 2025 2e6v5b

Guarda Municipal é morto durante assalto em Salvador; é o segundo caso em um mês na RMS 5t3225

Foto: Reprodução

Da Redação

O guarda civil municipal Ítalo Lisboa de Paula, de 42 anos, foi assassinado na noite da última sexta-feira (6), durante um assalto na Avenida Aliomar Baleeiro, no bairro de Pau da Lima, em Salvador. O agente era lotado na cidade de Simões Filho, na Região Metropolitana da capital baiana.

De acordo com informações da Polícia Militar, Ítalo foi abordado por dois homens armados nas proximidades do Assaí Atacadista. Os criminosos roubaram a motocicleta do agente e efetuaram disparos contra ele. Quando chegaram ao local, equipes da 47ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM) já encontraram Ítalo sem vida. A área foi isolada para realização da perícia, e o caso é investigado pela Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos de Veículos (DRFRV) como latrocínio – roubo seguido de morte.

Imagens de câmeras de segurança da região estão sendo analisadas na tentativa de identificar os autores do crime.

Em nota, a Guarda Civil Municipal de Simões Filho lamentou a morte do agente. “Ítalo será sempre lembrado por sua postura ética, seu profissionalismo exemplar e pela contribuição inestimável à segurança pública. Neste momento de dor, expressamos nossa solidariedade e sentimentos à família, amigos e colegas de farda.”

O caso de Ítalo Lisboa é o segundo assassinato de um guarda municipal na Região Metropolitana de Salvador em menos de um mês. No dia 6 de maio, George Santos Viana, de 41 anos, lotado em Salvador, foi morto em Camaçari. Ele foi executado por traficantes da facção Bonde do Maluco (BDM), após ser reconhecido ao sair de casa para ir à padaria.

O diretor-geral da Guarda Civil Municipal de Salvador, coronel Humberto Sturaro, comentou o caso em vídeo publicado nas redes sociais neste sábado (7). Ele lamentou a morte de Ítalo e relembrou o assassinato de George Santos. “Meus profundos sentimentos à família de Ítalo e à Guarda Municipal de Simões Filho. Segundo agente de segurança municipal assassinado em menos de um mês. Isso encobre toda a produtividade e trabalho realizado porque retira, da comunidade, a percepção de segurança”, afirmou.

Sturaro também criticou a falta de repercussão diante dos casos em que guardas são vítimas de violência. “Fatos como esses, assassinatos de companheiros, e muitos outros que sofremos, não reverberam. O que reverbera são nossos fatos negativos. Jamais existirá uma força de segurança sem os corrompidos”, disse, em referência às críticas recentes à corporação, após um episódio em que um guarda municipal foi flagrado agredindo um motorista durante blitz na Avenida Paralela, no último dia 3.

07 de junho de 2025, 14:15

Compartilhe: