Ceasa do Ogunjá, em Salvador, é interditada por problemas estruturais graves 6a5uf

Da Redação
A Secretaria de Desenvolvimento Econômico da Bahia (SDE) anunciou na quinta-feira (28) a interdição e a suspensão das atividades da Ceasa do Ogunjá, em Salvador, devido à identificação de problemas estruturais que comprometem a segurança e a estabilidade do prédio. A informação foi divulgada por meio de nota oficial da pasta.
A decisão ocorreu após recomendação da Superintendência de Patrimônio (Supat), órgão ligado à Secretaria da istração (Saeb), que apontou riscos significativos durante vistoria realizada na noite da última quarta-feira (27).
Entre as principais falhas detectadas estão rachaduras em pilares, recalque nas fundações e corrosão em estruturas metálicas essenciais para a sustentação do prédio. O solo também apresenta condições críticas, com lençol freático muito superficial e acúmulo de água em períodos chuvosos, o que agrava o risco à integridade do mercado.
Atualmente, 41 permissionários atuam no local, que foi interditado imediatamente para garantir a segurança dos frequentadores e trabalhadores. Segundo a SDE, uma reunião com os permissionários foi marcada para o dia 5 de junho, às 14h, para discutir soluções provisórias enquanto o problema não é resolvido.
Ana Carolina dos Santos, filha de uma permissionária, relatou ao g1 que os comerciantes foram surpreendidos com a interdição anunciada por volta das 15h desta quinta-feira. “Eles disseram que, dentro do prazo de 24 horas, não era para abrir nada e que amanhã [sexta-feira (29)] o local ficaria aberto para que os permissionários pudessem retirar suas mercadorias e objetos, porque seria fechado”, contou.
Ela reconhece a necessidade de reforma e atenção ao mercado, mas cobra respostas rápidas das autoridades para garantir um local de trabalho temporário aos comerciantes. “Eu me formei em Direito em dezembro de 2024, graças ao trabalho da minha mãe na Ceasa durante 15 anos. É muito humilhante e triste ver a forma como eles trataram as pessoas que lutam para pagar suas dívidas e sobreviver”, desabafou Ana Carolina.