quinta-feira, 22 de maio de 2025 3k6o4y

Rapidinhas: O ministro “João sem braço”, a humildade de Mário Júnior, a ajudinha de Elmar e a cautela de Bruno Reis 3c1b6u

Foto: Marcelo-Camargo/Agência Brasil

Da Redação

João sem braço

Ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT) deu uma de “João sem braço” durante entrevista a uma rádio de Feira de Santana, nesta segunda-feira (19), quando foi questionado sobre a nota publicada no domingo (18) pela coluna de Lauro Jardim, no jornal O Globo, de que poderia ser candidato a governador da Bahia em 2026, desbancando o atual chefe do Executivo estadual, Jerônimo Rodrigues (PT), da disputa pela reeleição. “Meu nome está colocado para candidato a senador pela Bahia. O resto é intriga”, declarou Rui, sem firmar qualquer tipo de compromisso público de que irá apoiar um segundo mandato de Jerônimo.

Salvador da pátria

Na Assembleia, aliados do governador consideram que a “economia” de Rui ao falar das eleições de 2026, sem cravar Jerônimo como postulante à reeleição, como já fez o senador Jaques Wagner (PT), alimenta a tese de que o ministro mira, na verdade, o Palácio de Ondina, e não o Senado. Aliás, essa especulação não é sequer nova, sustentada por pesquisas que apontam um desempenho abaixo do esperado do atual governador a ponto de colocar em risco o “reinado” do PT na Bahia. Nesse caso, Rui seria o salvador da pátria e nome capaz de derrotar o ex-prefeito de Salvador ACM Neto (União) em 2026.

Recall do “Correria”

Dentro do governo do Estado, há sondagens internas mostrando que, entre os três ex-governadores e o atual, o ministro conta com os melhores índices de aprovação, um recall dos tempos em que a imagem do “Rui Correria” pegou junto à população. Isso, inclusive, é o que, na avaliação de lideranças do PT baiano, torna a presença dele na chapa como irreversível, mas, ao menos até aqui, concorrendo ao Senado, tirando a chance do senador Angelo Coronel (PSD) disputar a reeleição na chapa governista.

Horror governista

Apesar da imagem de bom gestor, uma eventual volta de Rui Costa ao Palácio de Ondina provoca arrepios entre parlamentares governistas. Isso porque o ex-governador nunca foi de tratar bem os aliados, como faz Jerônimo Rodrigues nos tempos atuais, e com maestria. Porém, para esses mesmos deputados, pior seria ACM Neto. “Se lá na frente o nome for o de Rui para derrotar nosso adversário, que seja, apesar de todos os problemas de relacionamento. Mas isso seria uma confissão de que Jerônimo não foi um bom governador, ou seja, daria munição à oposição. Acho difícil que isso aconteça”, avaliou um influente integrante da base do Executivo estadual na Assembleia.

Poderoso chefão

Esta semana, durante entrevista a uma rádio de Salvador, ACM Neto disse que não aceitaria aliados de Jerônimo na federação formada entre o União Brasil e o PP. Ou seja, já falando como poderoso chefão da aliança firmada nacionalmente, deixou claro que os deputados pepistas desejosos de apoiar a reeleição do governador terão que deixar a sigla. Presidente do PP na Bahia, o deputado federal Mário Negromonte Júnior, que se aproximou do governador, tentou manter a calma ao ser informado sobre as declarações do ex-prefeito.

Discurso da humildadeProcurado pela coluna, Mário Júnior afirmou que “o processo da federação está em andamento”. “Existem diferentes opiniões, e isso é saudável numa democracia. O Progressistas da Bahia sabe da sua força e do seu papel na sociedade. Nosso rumo será definido com humildade, diálogo, respeito e participação de todos. Sem tutelas, com ética e dignidade, vamos tomar a decisão mais apropriada, na hora certa”, disse.

Ajudinha de Elmar

O deputado estadual Robinho (União) já decidiu há algum tempo que tentará uma cadeira na Câmara Federal em 2026. Para isso, espera contar com uma “forcinha” do deputado federal Elmar Nascimento (União). “Eu acho que Elmar pode assegurar uns dez mil votos para minha campanha em alguns redutos para que eu tente, a partir daí e com meu próprio esforço, dobrar essa votação nesses locais”, disse Robinho à coluna. Ele garantiu que não tem planos de deixar o União Brasil para concorrer em 2026, mesmo com a federação formada entre a sigla o e PP, o que pode fazer aumentar a concorrência.

Caminho mais fácil

Vale lembrar que Robinho integra a “bancada” de Elmar na Assembleia. Aliás, outro membro do grupo almeja voos mais altos em 2026 e disputar uma vaga na Câmara é o deputado estadual Manuel Rocha (União). A avaliação é que ele tem um caminho menos difícil do que o do colega de partido, pois irá “herdar” o espólio eleitoral do pai, o deputado federal José Rocha (União) – este mira uma candidatura ao Senado ou, se não der certo, a aposentadoria.

Segurando as pontas

Com exceção da proposta de reajuste dos servidores e da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que são praticamente uma exigência anual, o prefeito Bruno Reis (União) não enviou mais nenhum projeto de lei à Câmara Municipal de Salvador neste primeiro semestre de 2025. Segundo vereadores da base, com isso, o chefe do Executivo municipal evita ser pressionado por aliados para atender a demandas por obras, ações e cargos em um momento no qual a Prefeitura foca no planejamento, e não no gasto.

Bancada baiana

Gestores municipais baianos que participam de mais uma Marcha dos Prefeitos a Brasília, evento que acontece esta quarta-feira (21), terão uma reunião na noite de hoje (20) com deputados e senadores da bancada baiana no Congresso Nacional. O encontro foi organizado pela União dos Municípios da Bahia (UPB). O objetivo do encontro é tratar de pautas de interesse do municipalismo, sobretudo os assuntos peculiares à Bahia, a exemplo das desigualdades regionais e a necessidade de investimentos estruturantes.

20 de maio de 2025, 16:33

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